As discussões sobre manutenção, preservação e entrega de bons serviços de transporte sobre trilhos para a população têm sido cada vez mais frequentes. Os problemas não são novos, mas têm chamado mais atenção diante de tantos riscos para os usuários e funcionários.
Um bom exemplo é a questão da ViaMobilidade que, segundo documento, teria recebido 65% dos trens da CPTM das linhas 8 e 9 com a manutenção vencida. Nesse caso: de quem é a responsabilidade?
Como em tantos outros, é do Governo Estadual, pois ele tem a obrigação de fiscalizar todas as empresas (públicas ou privadas) que prestam serviços para a Secretaria de Transportes Metropolitanos. Ou seja, quem quer que seja o responsável nomeado para realização do serviço, ele deve ser fiscalizado. Nesse aspecto, não deixar que a manutenção atrase é obrigação do governo.
As empresas devem seguir o cronograma correto de atividades e prestar os serviços de acordo com o que foi assinado em contrato com o Estado. E isso inclui fazer as manutenções preventivas de trens, vias e estações. Mas, se ninguém fiscaliza, como garantir que tudo é feito no seu devido tempo?
A responsabilidade pelo transporte de passageiros é dos governos estaduais e municipais. Eles devem fiscalizar e oferecer o melhor serviço para a população que paga caro por isso.
O que os responsáveis ainda não se deram conta é que qualquer atraso se transforma em um grande risco para o serviço e, principalmente, para a população e os ferroviários, que acreditam estar sempre trabalhando em equipamentos regulares e prontos para o uso.
É preciso cobrar empenho dos governantes para garantir que ninguém se acidente por falta de responsabilidade de pessoas que sequer usam o transporte público. É necessário que a população tenha voz ativa e cobre tratamento digno para aqueles que mantêm as engrenagens do país em funcionamento.
Seguimos lutando por reconhecimento e respeito e para que o transporte público de passageiros seja tratado como política pública de transportes, pois juntos, somos sempre mais fortes!