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29/08/2022 às 17h51min - Atualizada em 30/08/2022 às 00h00min

Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais exibem montagens inéditas no Festival Acessibilidança Virtual

Espetáculos premiados possuem recursos de audiodescrição e Libras

SALA DA NOTÍCIA CCOM Funarte
CCOM Funarte
Divulgação - CCOM Funarte
A quinta e última etapa do 2º Festival Funarte Acessibilidança Virtual estreia no canal da Fundação no YouTube, na quarta-feira, dia 31 de agosto, às 20h. A montagem carioca Entre Nuvens, da artista Moira Braga, abre a programação da Região Sudeste. Já São Paulo apresenta Janela das RecordAções, da Dança sem Fronteiras, no dia 2 de setembro. Dia 7, a coreógrafa paulista Estela Lapponi lança sua montagem Manifesto!!!, na plataforma. A Quik Cia. de Dança, de Minas Gerais, exibe o espetáculo infantil Quando a casa vira rua, no dia 9 de setembro. A performer Andreza Aguida, de São Paulo, apresenta...percebendo..., no dia 14. A agenda da região se encerra com a montagem Concretudes Primárias, da Pulsar Cia. de Dança, do Rio de Janeiro, no dia 16 de setembro.
 
Os espetáculos, com recursos de Libras e audiodescrição, ficarão disponíveis para acesso gratuito no canal da Funarte no YouTube (www.youtube.com/funarte). Os demais projetos contemplados nas outras regiões do Brasil já podem ser apreciados na plataforma digital. A segunda edição do festival é mais uma das ações continuadas da Fundação Nacional de Artes.
 
O Festival Funarte Acessibilidança Virtual foi criado a partir das ações do Edital Dança Acessível – Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual. No concurso, foram contemplados 25 projetos de vídeos de espetáculos com foco na acessibilidade e no ineditismo e que promovam o acesso online de pessoas com algum tipo de deficiência visual e/ou auditiva. Os prêmios foram distribuídos para grupos de dança das cinco regiões do país: Região Norte, Região Sul, Região Nordeste, Região Centro-Oeste e Região Sudeste. O objetivo do programa é valorizar e fortalecer a expressão da dança brasileira, além de fomentar a democratização, a inclusão e a acessibilidade à essa arte milenar.
 
Entre Nuvens, do Rio de Janeiro, é o novo espetáculo de dança da bailarina contemporânea Moira Braga, e será lançado no dia 31 de agosto, às 20h. O trabalho faz parte da pesquisa de mestrado da coreógrafa sobre a vida e obra de Angel Vianna, tendo a audiodescrição como tecnologia assistiva e como dispositivo de criação. Moira é uma mulher cega que descobriu a possibilidade de dançar com Maria Ângela Abras Vianna, bailarina, coreógrafa e pesquisadora do movimento. “O prêmio dá protagonismo ao deficiente visual, em sua autoria e encenação. Valida o compromisso real do acesso amplo e irrestrito ao bem artístico, através de um espetáculo com linguagem lúdica, poética e criativa acessível”, explica a professora, que atualmente também leciona na Angel Vianna Escola e Faculdade de Dança (RJ).
 
Dia 2 de setembro, a Dança sem Fronteiras, de São Paulo, apresenta a montagem Janela das RecordAções. A obra mistura a ficção com a realidade e o que vivemos nestes tempos de isolamento. Ao notar que não podem mais sair, os personagens começam a estabelecer novas relações com suas memórias. Criam histórias e suposições entre eles e o mundo fora das quatro paredes do teatro e, às vezes, rompendo até com a “quarta parede” (interação da plateia na ação dramática) através de projeções que os ligam com o mundo lá fora. Com o tempo, os personagens se encontram encerrados em um espaço que os acolheu por anos, sendo assim, o mundo fora do teatro será uma lembrança e o universo do palco, sua realidade. Os ensaios e gravações foram realizados no Complexo Cultural Funarte São Paulo.
 
Manifesto!!!, da artista Estela Lapponi, de São Paulo, será lançado no dia 7. Neste trabalho, a performer constrói uma instalação com uma fita adesiva vermelha com a escrita “Frágil” e uma fita crepe na cor verde. As fitas se cruzam e se entrelaçam por todo o espaço da sala, incluindo os móveis, lembrando uma “cama de gato”. A performance é a lida do corpo na travessia deste espaço entrelaçado, como um ato de resistência diante do tempo duro em  que vivemos. A obra traz o registro do corpo desse tempo pandêmico, expurgando a fragilidade humana diante de um vírus. O espetáculo é acompanhado por um músico, que apresenta composições próprias fazendo contraste entre o brutal e a delicadeza.
 
Minas Gerais estreia no Festival Virtual com a montagem infantil Quando a casa vira rua, da Quik Cia. de Dança, no dia 9 de setembro. Segundo a companhia, o filme de dança pretende ampliar o potencial criativo e imaginativo, por meio da sensibilidade e da comunicação direta com as crianças com deficiência. O objetivo é oferecer algo que possa ser inventivo, para além dos modelos de entretenimento das mídias atuais. Pensar a dança através de múltiplas relações poéticas, estabelecendo estados permeáveis entre a dança, as brincadeiras infantis, a poesia, as artes visuais, o teatro e a música. A obra é pensada como um “microcosmo real” de espaços e relações possíveis, criando um corpo-brincadeira, um corpo-desenho e um corpo-dança, que transita por imagens, sons e espaços.
 
No dia 14 de setembro, o espetáculo ...percebendo..., da performer albina Andreza Aguida, de São Paulo, será exibido na plataforma. O trabalho se depara com um universo que vai para além do piso tátil, do que se olha e ou do que se vê. Investiga, através dos demais sentidos, até onde a deficiência ou ausência dela, amplia ou limita os modos de acessar. O intuito é questionar a acessibilidade para além do aspecto arquitetônico, considerando o que se vê, o que se olha, o que se percebe e o que passa despercebido. Neste caso, para além das deficiências sensoriais. A bailarina, diretora e criadora Andreza tem baixa visão e acessa o movimento pelo contato com superfícies concretas e abstratas, percebendo, através dos sentidos, os espaços diversos do Complexo Cultural Funarte SP, onde foi gravada a montagem. Trilhas sonoras foram criadas a partir da percepção visual da obra.
 
A edição Sudeste se encerra no dia 16, com a montagem inédita Em Concretudes Primárias, da Pulsar Cia. de Dança, do Rio de Janeiro. A obra foi elaborada e o elenco escolhido a partir dos encontros dos intérpretes-criadores do projeto “Te espero lá no Cacilda” com os da Pulsar. A limitação de enquadramento que a tela traz, proporcionou criar novas possibilidades de trabalhar a pesquisa sensorial e perceptiva do movimento de formas inusitadas e não menos interativas. O estudo das cores primárias foi destacado em partes dos corpos, em objetos cênicos, no figurino e no local da gravação. A arquitetura de concreto da Cidade das Artes, no Rio, revela espaços, formas e luminosidades inesperadas que ampliam a percepção, a troca e o deixar-se afetar por esse entorno. A luz interfere na movimentação e brinca com as partes do corpo que se articulam e se conectam. Já a coreografia, se utiliza de técnicas de sobreposição para criar um diálogo entre solos, duos, trios e grupos.
 
O Festival Funarte Acessibilidança Virtual estreou no dia 8 de junho, com o espetáculo TA – Sobre Ser Grande, do Corpo de Dança do Amazonas (AM), dando início às participações dos contemplados da Região Norte. Na semana seguinte, foi apresentado Acesso Concedido, da Cia. de Dança Nosso Jeito, do Pará. Dias depois, mais uma montagem premiada do Pará, Graúna – Viver de Carimbó, do Centro Cultural Banzeiro, foi exibida na plataforma digital. O Grupo Acemda, de Rondônia, lançou Batuques da Floresta e, na outra semana, o espetáculo Sobre Si, da Cia. Lamira Artes Cênicas, do Tocantins, encerrou a agenda da região.
 
A Edição Sul foi lançada no dia 6 de julho, com o espetáculo Masculino Diverso, da Cia. Lápis de Seda, de Santa Catarina. Duas performances do Rio Grande do Sul estrearam nos dias 8 e 13 de julho, respectivamente. São elas: Uma Fronteira Diferente, da Cia. Giro Livre; e Transversus, do Grupo Ballet de Pelotas.
 
A Região Nordeste apresentou sete montagens premiadas na plataforma digital. My (petit) Pogo, de João Paulo Pinho, do Ceará, abriu a agenda no dia 20 de julho. Logo depois, dia 22, o Coletivo Cida, do Rio Grande do Norte, estreou Corpos Turvos. O estado de Pernambuco foi representado pelo espetáculo Poéticas Inclusivas em Rede, da Associação de Artistas Integrados, no dia 27. Já a montagem Entrelaces, da Cia. de Dança Loucurarte, de Sergipe, foi exibida no dia 29 de julho. No dia 3 de agosto, a videodança Dançando Godot, do Grupo X, da Bahia, foi lançada. CoNsequêNcia, da Cia. Dança Eficiente, do Piauí, chegou no dia 5, no canal da Funarte. Encerrando a programação da região, Nuvem de Pássaros, da Movidos Dança Contemporânea (RN), foi apresentada no dia 10 de agosto.
 
A etapa Centro-Oeste teve início no dia 17 de agosto, com o espetáculo Sr.Will, da Giro 8 Cia. de Dança de Goiás. No dia 19, a Cia. Dançurbana de Mato Grosso do Sul, lançou a montagem Mínimo Movimento Possível. Outra performance premiada de Goiás, Cartas ao Tempo, da Diversus Grupo de Dança, foi exibido no dia 24. A quarta fase do programa com espetáculos contemplados da Região Centro-Oeste foi encerrada no dia 26 de agosto, com a estreia do espetáculo Brincância, da Cia. Theastai, do Mato Grosso do Sul.
 
Lembrando que essas montagens já estão disponíveis na plataforma e com acesso gratuito.
 
Os vídeos dos 25 espetáculos premiados em todas as regiões do país serão publicados no canal da Funarte no YouTube, às quartas e sextas-feiras, às 20h.
2ª edição do Festival Funarte Acessibilidança Virtual
 
Acesso gratuito no canal: www.youtube.com/funarte
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