“As escolhas que o Brasil fez [para o Parlamento] deixaram uma mensagem muito forte para todos os brasileiros da tendência do encaminhamento que a população quer para os próximos quatro anos: um congresso de centro-direita, reformador, conservador, dando norte para um caminho que já está asfaltado. Esse Congresso foi eleito para a continuidade do governo Bolsonaro”, disse Arthur Lira, do Partido Progressistas, que foi reeleito pelo estado de Alagoas.
Parlamentares mulheres também reforçaram o apoio à reeleição do presidente, na busca pelo voto feminino. “Esse é momento que nós, deputadas, vamos nos engajar nessa campanha porque nós, como representantes do povo, entendemos que podemos conversar com as mulheres, aquelas que não receberam ainda a informação correta do que esse governo do presidente Bolsonaro tem feito pelas mulheres, pelas famílias”, disse Bia Kicis (PL), deputada federal reeleita pelo Distrito Federal.
“Hoje, o Parlamento é de centro-direita, é um parlamento que tem muito mais chance de aprovar projetos com mais facilidade e mais agilidade, projetos outros que vão ajudar mais ainda o nosso Brasil ser um país de primeiro mundo de verdade”, completou Bolsonaro, sobre o alinhamento do Congresso às pautas do governo.
Os governadores de Roraima, Antônio Denarium, do Acre, Gladson Cameli, e de Goiás, Ronaldo Caiado participaram do encontro. Ministros do governo e a primeira-dama Michelle Bolsonaro também estavam presentes.
Bolsonaro disse ainda que conversou com Arthur Lira sobre uma proposta de taxação de dividendos (lucro das empresas pago a acionistas) para bancar a complementação do Auxílio Brasil. A partir de janeiro, o valor do benefício volta para R$ 400 e o governo busca recursos para mantê-lo em R$ 600.
De acordo com o presidente, a ideia é taxar dividendos maiores de R$ 400 mil por mês. “O suficiente para tornar definitivo esse programa de R$ 600”, disse.
Após o encontro com Bolsonaro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reeleito pelo União Brasil, disse que a maioria dos membros do partido apoiam a reeleição do presidente. No primeiro turno, o União Brasil teve como candidata à Presidência a senadora Soraya Thronicke, que terminou na quinta posição com 0,51% dos votos válidos. Ontem (5), o presidente nacional do partido e deputado federal reeleito por Pernambuco, Luciano Bivar, anunciou que o partido liberaria os diretórios estaduais para decidir sobre os apoios no segundo turno das eleições presidenciais.
Além de Caiado, o governador reeleito em Mato Grosso, Mauro Mendes também esteve no Palácio da Alvorada e declarou seu apoio a Bolsonaro. Assim como dois candidatos do partido a governos estaduais, que disputam o segundo turno: Wilson Lima, que tenta a reeleição no Amazonas contra o senador Eduardo Braga (MDB-AM), e Marcos Rocha, que tenta se reeleger em Rondônia em uma disputa contra Marcos Rogério (PL-AM).
No final da tarde, Bolsonaro participou de encontro com empresários da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em Belo Horizonte. O candidato disse que não prevê qualquer tipo censura à imprensa. “Jamais, da nossa parte, surgiu qualquer proposta ou qualquer palavra para censurar a nossa mídia. A nossa mídia, por mais que erre, de vez em quando erra também, e às vezes erra muito, é melhor assim do que calada”.
Bolsonaro também destacou aos empresários as conquistas econômicas de seu governo, com a redução de diversos impostos e a diminuição no desemprego. “Temos, mês a mês, apresentado números positivos na queda do desemprego. Baixamos já ao percentual de 9% e continuamos em queda. O nosso Produto Interno Bruto vem crescendo. Cada vez mais, se fazem novas projeções e se atualizam os números para melhor”, declarou.
Matéria atualizada às 20h42 para acréscimo de cobertura de agenda do candidato Jair Bolsonaro na Fiemg.