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25/11/2022 às 17h45min - Atualizada em 26/11/2022 às 00h00min

Batalha da inflação ainda não foi vencida, diz presidente do BC

Em evento em São Paulo, Roberto Campos Neto disse que ainda há dificuldades para controlar a alta generalizada de preços no Brasil e no mundo e que é importante persistir.

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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse hoje (25) ainda há dificuldades para controlar a alta generalizada de preços no Brasil e no mundo. “A gente ainda não venceu a batalha da inflação nem localmente, nem globalmente. É importante persistir”, afirmou Campos Neto, em palestra durante almoço promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).



No entanto, as altas inflacionárias parecem estar se estabilizando, destacou o presidente do Banco Central. “As inflações no mundo parece que chegaram a um pico ou, pelo menos, a um patamar alto, e estão se acomodando ou caindo.”



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Campos Neto ressaltou que, no Brasil, o cenário atual faz com que o mercado preveja novas altas na taxa básica de juros para fazer frente ao problema. “O mercado espera que os juros voltem a subir. Acho que aqui tem uma incerteza em relação ao arcabouço fiscal”, acrescentou.



Segundo o presidente do BC, o cenário de inflação foi causado por um aumento de demanda durante a pandemia de covid-19 sem que houvesse aumento de oferta, especialmente de bens, que conseguisse acompanhar essa alta. “Foi colocado muito dinheiro em circulação, e esse dinheiro fez com que a demanda por bens subisse muito”, ressaltou.



Para ele, a produção de bens, associada a mudanças nas matrizes energéticas, acabou pressionando a oferta de energia, situação que se agravou ainda com a guerra na Ucrânia.



Além disso, acrescentou Campos Neto, há componentes estruturais que têm causado tendências inflacionárias. Segundo ele, historicamente, os governos de todo o mundo têm buscado formas de aumentar a produtividade das economias, o que não foi feito nos últimos anos. “A produtividade cai, e os governos reagem fazendo reformas, mas não foi o caso dos últimos 10 ou 15 anos. A gente tem a produtividade caindo com o menor volume de reformas da história.”



Para o presidente do BC, nos próximos meses, as pressões devem se manter, devido à  necessidade de gastos na área social. “Os governos têm ainda necessidade de fazer diversos pacotes entendendo que exista uma necessidade social, mas a gente não pode ter a política monetária de um lado e a política fiscal do outro”, destacou.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-11/batalha-da-inflacao-ainda-nao-foi-vencida-diz-presidente-do-bc
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