Na semana passada Lula declarou que poderia viajar aos EUA ainda neste ano depois de ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na próxima segunda-feira ( 12), mas hoje, segundo Amorim, durante uma reunião em Brasília com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, ele teria dito que “talvez não seja possível ir antes da posse” e a probabilidade maior é que o encontro fique para o início de 2023.
Recebi hoje do conselheiro de segurança norte-americano @JakeSullivan46 o convite do presidente @JoeBiden para visitá-lo na Casa Branca. Estou animado para conversar com o presidente Biden e aprofundar a relação entre nossos países ????
?: @ricardostuckert pic.twitter.com/kzdEQfQedC
— Lula (@LulaOficial) December 5, 2022
“De tudo se falou, principalmente sobre a última reunião do G20 e sobre a necessidade de uma nova governança mundial”, detalhou Amorim. Outro assunto abordado por Lula com os norte-americanos foi a necessidade de incluir outros países no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Segundo Celso Amorim, Sullivan demonstrou interesse em cooperar com o Brasil no G20 para caminhar para uma governança global mais justa. O grupo reúne as 19 maiores economias do mundo e da União Europeia. “Foi uma conversa longa, de quase duas horas. Eles trataram sobre a importância da relação entre os dois países para a paz e a democracia na América do Sul”, disse. O ex-ministro também falou que não foram discutidas ações específicas, mas a necessidade de engajamento das duas nações.
Além de Lula e Sullivan, participaram do encontro Juan Gonzales, assessor do governo dos EUA para a América Latina; Ricardo Zúñiga, vice-secretário de Estado para assuntos de Hemisfério Ocidental; e Douglas Koneff, encarregado de Negócios da embaixada no Brasil.
Do lado do governo de transição, além de Amorim, também estavam presentes o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.