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26/06/2023 às 18h09min - Atualizada em 27/06/2023 às 00h00min

Curiosidade Mórbida: Psicólogo explica como ela pode revelar traços de características mentais

Dr. Alexander Bez fala da possível motivação dos aventureiros para embarcarem no Titan

SALA DA NOTÍCIA Márcia Stival Assessoria
Divulgação

A curiosidade é uma condição inata do reino animal, e graças a ela a humanidade segue em constante evolução, levando o homem, inclusive, a desbravar territórios além do planeta Terra. No entanto, diferenciar a curiosidade natural da curiosidade mórbida, é importante até para identificar aspectos clínicos envolvidos.

 

Como vimos recentemente com o grupo de pessoas que embarcou no submersível Titan para visitar os destroços do Titanic, é necessário que limites sejam observados para que a curiosidade não extrapole algumas barreiras. Segundo o psicólogo Alexander Bez, as 3 principais características mentais da curiosidade mórbida, são:

 
  • Intensa rebeldia social, achando que pode explorar quaisquer coisas, sempre relacionadas a mortes ou tragédias;
 
  • Ignorar os perigos que envolvem o objeto de sua curiosidade;
 
  • Gosto por aventuras extravagantes, sendo esse mote mais importante do que a própria segurança. 
 

 

Do ponto de vista psicológico, ter curiosidade mórbida não é interessante, pois revela uma “patologia sinistra de caráter”, principalmente quando essa conduta é contínua - sinalizando uma obsessão-compulsão nesse sentido. A exploração de tragédias apenas pela curiosidade nunca é saudável. 

 

No caso dos tripulantes do submersível Titan, várias informações sobre a segurança do minissubmarino alertavam aos perigos, que foram ignorados tanto pelos aventureiros, quanto pelo seu capitão.

 

“Psicologicamente falando, o grande motivo pelo qual o Titanic continua chamando a atenção era sua característica de ‘inafundável’, e que, mesmo assim, acabou vitimando mais de 1500 pessoas por irresponsabilidade de seu capitão”, explica Bez

  

Ver desastres de perto, burlando leis de seguranças, ignorando consequências, é negar os fatos reais dando vazão ao pensamento mórbido, preterindo a razão e a lógica e correndo altos riscos. No caso do Titan, infelizmente, esses riscos se confirmaram.

 

Alexander Bez atua há mais de 20 anos na psicologia, com sete livros escritos, e tem especialização em Relacionamentos pela Universidade de Miami (UM), é especialista em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA) e especialista em Saúde Mental.

 


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